Campanha : Eu quero minha biblioteca




Todo dia era domingo para Paula Corrêa. “É preciso distanciamento. Uma vez mais um domingo, é hoje. É preciso que passe. Não adianta tomar sorvete. É dia de lacuna e do silêncio. Olho o telefone algumas vezes pensando que posso ligar para alguém. Sempre me engano e quase disco um número que não existe mais. Não tem macarronada feita com molho de tomate fresco. Nem a paisagem, nem as árvores balançando, nem o barulho de crianças brincando na praça. Passo o dia como um refugiado, com vontade de voltar para casa, mas sem casa para voltar”, diz ela no livro “Tudo o que Mãe Diz É Sagrado”.

O tempo parou para Paula naquele dia em que o telefone tocou. “Talvez tenha sido eu. Foi minha mãe que morreu há pouco, com um pouco de mim. Ou talvez tenha sido muito.” Paula ainda se recuperava da cirurgia que tinha tirado 65% do seu fígado para ser transplantado para a sua mãe na esperança de salvá-la.


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Eu quero minha biblioteca



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