Microconto: sugestão didática e lúdica

O micro e macro depende do olhar.
Foto Rio Capibaribe, Recife Antigo.

Microconto é a grande oportunidade de síntese e desenvolvimento de uma breve história. Narrativas de encantamento, suspense, junção de poesia e narração, assim vai sendo construído o texto. Mesmo que ocorra uma reação contrária a este maneira inovadora do dito e não-dito no conto, teclar com 140 caracteres, como se estabelece no Twitter, e assim produzir uma micronarrativa é trazer a coesão e coerência na apreciação não conceitual, mas vivencial. Toda história tem essência, e a beleza está no MICRO e no MACRO."E o fato é que, fazendo a micronarrativa parte de um processo literário e social, hoje já se pode afirmar ser possível produzir uma narrativa com dez palavras. Ou até menos". (SPALDING,2006)


Bem, este foi meu ensaio de microconto:
Todos caminhavam no Zoo, não queriam parar.Grito.Susto.Vulto. Parecia um veroz animal. Não era tigre, não era leão, era um gatinho só.

O mais famoso microconto do mundo tem 37 letrinhas, a saber:
"Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá" (Augusto Monterroso)


Vale a pena propor em sala de aula esta produção, que pode ter como cenário o ambiente do Twitter, atrela a tecnologia e a leitura, no país que está lendo mais, devido ao uso da Internet e a comunicação imediata, rápida, em rede, a cada dia a dia, em expansão.


Bem, sugestão e convite, criem e enviem seus minicontos, microcontos, e concorram a sorteio de um livro e uma surpresa.

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Histórias e Encantos: contribuições dos seguidores do Blog Girassóis

A contadora Renata Holanda contando e vivendo a história, os abraços são mágicos.


As crianças, no Colégio Santa Sofia, em Garanhuns, após a contação, manuseando os livros.

"Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro."
(Lygia Bojunga) 

Muitos escritores relutam em afirmar que suas narrativas não tenham relação com fatos vividos por eles ou amigos e parentes, mas nós que escrevemos sabemos o quanto a vida vivida pelo outro, recontado, recriada se completa com as nossas e nessa teia de construções, as histórias nascem, multiplicam-se e nos trazem grandes alegrias. Tornamo-nos personagens de cada acontecimento. Então, lembro-me de Lygia Bojunnga, nossa grande escritora, na fala de uma de suas personagens, a Tia Penny, de Aula de Inglês, grande romance," não foi à toa que eu me apaixonei por você. Eu me impressionei com sua beleza e, depois, no decorrer das aulas que me dava eu fui me apaixonando. O meu primeiro e grande amor". Sim, a contação de histórias é uma paixão.
Saudações, amigos, nesta tarde quente de setembro.
Antonise


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Escritor Mineiro Leo Cunha em entrevista exclusiva

O escritor, jornalista e poeta mineiro Leo Cunha lançou na última bienal de Minas Gerais, o Livro de Poemas: Vendo Poesia. Pedimos e com muita gentileza e carinho Leo concedeu-me uma entrevista, assim  ofertamos aos educadores, contadores e aos célebres apaixonados pela literatura  esta possibilidade de aproximação entre texto e seu criador.

Agradeço a Leo Cunha a sua atenção em nos presentear com esta tecitura de palavras.

Vamos lá!
Leo Cunha, Arquivo pessoal cedido ao blog tecer girassois.
1. Como é ser tantas coisas: Jornalista, Escritor, Ilustrador? Como estas multifacetas se encontraram e se encontram ?

Leo Cunha - Antes de mais nada, quero esclarecer que eu não sou ilustrador. O único caso em que eu criei as imagens foi no "Vendo Poesia", pois é um livro de poesia visual, um tipo de poesia em que o texto e a imagem se fundem e se confundem. Mas é um caso isolado. Normalmente, eu prefiro deixar as ilustrações para os artistas profissionais. Aliás, tenho tido muita felicidade: já tive livros ilustrados por feras como André Neves, Eliardo França, Flávio Fargas, Graça Lima, Guto Lins, Marilda Castanha, Nelson Cruz, Roger Mello, entre outros. E vários livros meus já foram premiados no Jabuti ou na FNLIJ, pela ilustração: O sabiá e a girafa, Clave de Lua, Joselito, Cantigamente.

No dia a dia, eu concilio três "trabalhos"

Sou escritor, com mais de 40 livros publicados. Ano que vem completo 20 anos de literatura infantil, pois minha primeira história foi publicada em 1991; Sou jornalista, atuando sobretudo na área de cultura. Tenho uma coluna na web-revista de cinema Filmes Polvo (www.filmespolvo.com.br) ;E sou professor universitário, desde 1997. São três ofícios diferentes, mas interligados, pois todos estão ligados à palavra, à construção de histórias e personagens. 
2.Existem percepções diferenciadas da ilustração perante a pintura. Quais são e o porquê?
Leo Cunha- Acredito que a ilustração, por quase sempre estar vinculada a um texto ou idéia prévia, acaba sendo vista com preconceito por alguns artistas plásticos. Mas, da minha parte, considero os ilustradores como artistas plenos e essenciais para a literatura infantil.

3. Como sincronizar o texto literário com a  ilustração, que critérios, você, como ilustrador  segue? E com  relação as suas obras ilustradas.Como se estabelece a escolha, eles sugerem ou você os deixa  livre para criar  as dinâmicas imaginéticas?

Leo Cunha - Como expliquei acima, eu não sou um ilustrador, criei apenas as imagens para o livro de poesia visual "Vendo poesia". Nos meus outros livros, procuro não interferir no trabalho do ilustrador, ou seja, não faço sugestões nem peço que o ilustrador siga esta ou aquela técnica. Prefiro ser supreendido pela criatividade do ilustrador.

4.Quais as suas linhas de trabalho literária, os recursos, técnicas que utiliza nas produções?

Leo Cunha- Já tenho cerca de 50 livros publicados, nos mais variados gêneros: crônica, poesia, poesia visual, prosa poética, conto, novela, adaptação, tradução, reconto. A maioria dos meus textos tem um forte componente humorístico, mas também já me aventurei pelo terror, policial, história de amor.

5- Raimundo Carrero (Escritor Pernambucano), quando questionado sobre a produção literária, diz: é 1% inspiração e 99% trabalho. Que comentário faz desta afirmação? Como se estabelece o seu trabalho literário?

Leo Cunha- Concordo com o Carrero. Minha rotina de trabalho é muito baseada na reescrita. Eu faço inúmeras versões dos meus textos, mudo muito, aumento, corto, experimento diferentes pontos de vista. O ponto de chegada é sempre muito diferente dos primeiros rascunhos.Além disso, eu não acredito que exista um texto pronto, definitivo. Várias vezes eu já transformei um poema num texto narrativo, uma crônica numa novela, gosto de testas os limites entre os gêneros.
6. Com a tecnologia digital, que recursos digitais utiliza para criar suas obras?


Leo Cunha- O único caso em que usei de softwares mais sofisticados na criação literária foi no livro "Vendo Poesia", onde recorri a programas como Photoshop e Illustrator.


7. Como foi ilustrar a sua própria obra: Vendo Poesia?
Leo Cunha- Este foi um trabalho muito marcante para mim, particularmente porque eu não me considero um ilustrador. Levei vários anos para criar, aperfeiçoar e finalmente produzir digitalmente as imagens e o projeto gráfico do livro. Foi um trabalho extenuante e muito desafiador. Mas eu estava convicto de que não haveria outra forma de produzir este livro, senão encarando todas as etapas do processo.  

Maiores informações sobre o Autor, visite os links abaixo:

Quer conhecer melhor a obra e vida de Leo Cunha:
 Sitehttp://www.leocunha.jex.com.br


Link do Livro Vendo Poesia:
Link da crítica sobre o livro: Vendo Poesia, que fiz logo que o livro me foi entregue, pois me encantei com a linguagem visual, o envolvimento e a condução poética das palavras, podem ler, só basta clicar em uma das palavras, abaixo:



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Contação de Histórias no Ler'Art: 98 anos do Colégio Santa Sofia- Garanhuns

Contação na Biblioteca do Colégio Santa Sofia
Anexo do Santa Sofia- Mangano - 

A beleza da cidade de Garanhuns é um detalhe, pois o imenso carinho das pessoas é intenso, belo e salutar. Para celebrar os 98 anos do Colégio Santa Sofia, a contadora Renata Holanda, pela Editora FTD, foi ofertar o encanto das histórias do: Livro Mágico, Mariana do Contra, Abelha Abelhuda, Festa de Aniversário e Beijos Mágicos.
Contar histórias de célebres escritores, como Ana Maria Machado ( Beijos Mágicos), Ellen Pestilli 
(Festa de Aniversário) são a celebração da vida, do carinho, do afeto, sentimentos que circundam nas salas de aula do Colégio Santa Sofia - Damas, que revela-nos tanta emoção pelo olhar das crianças, educadores desta bela escola.
A escola tem uma história, cada educador tem sua história, as crianças estão em construção de belissímas histórias, e saber que fazemos parte deste tecer de  histórias é o que nos emociona ao tocar pelo olhar, brincar e interagir.
Relatando de forma muito particular, como já havia exposto, é sempre um imenso presente entrar, circular e contar histórias no Santa Sofia. Desvendar os espaços da biblioteca, guardo em minha memória e reinvento a vida, pois sou transformada pelo ambiente do Damas.O dia foi de celebração, e as mensagens de boas vindas, ansiedade dos estudantes ao iniciar as histórias, a participação e tudo foi e são presentes: cada olhar, cada mão estendida, cada motivação no brincar, contando e encantando.

Agradeço muitissímo as educadoras: Sabrina (Biblioteca),Angélica (Supervisão Educação Infantil), Ana (Sala de leitura Educação Infantil), Marissônia (Sala de Leitura 1ª  a 4ª série), Maciane (Supervisão Ensino Médio), Leila. Ana Holanda, Luciana, Julyanna, Diana, Paulinho, Danielle, Aninha, Norma, Neide, Walquíria, Gláucia, Rita, Fátima.

Link do Colégio Santa Sofia : http://www.colegiosantasofia.com.br 
Visite o novo site da FTD: http://www.ftd.com.br


Professoras do Santa Sofia e Renata, de vestido, dançando ao final da contação.

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Vou-me embora pra Catende....

A filosofia do mestre Ascenso Ferreira está em sua singular contemplação da terra, Pernambuco.
Bem, hoje é dia de fotografia.
Deixo-vos a contemplar e imaginar: O que contei ao poeta Ascenso? Que linguagens corpóreas descritas em sua face?
Enviem-me as possibilidades narrativas e irão concorrer a um livro de outro Célebre Poeta: João Cabral de Melo Neto.

Estou no aguardo, tcham, tcham, tcham...

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Formar crianças leitoras - Colégio Projeção

Hoje faz uma semana que fui ao Colégio Projeção, mas parece que foi ontem. Bem, a magia da contação, leitura e diálogo foram a essência do encontro com as docentes da Educação Infantil e Fundamental. As professoras fizeram excelentes interações entre as linguagens verbais e não-verbais, ampliando o âmbito da leitura de mundo, como enfatiza Paulo Freire.
Bem, quem não desvendou o mistério do Báu, aquela foto que publiquei sobre: o percurso dos livros.

Vamos tecendo histórias por ai, e agradeço calorosamente as Professoras: Edilene, Elizabete, Mônica, Gyselle, Hosmayris, Roberta e Jacinara. Agradeço também a receptividade da Professora Ana Lúcia.

Quem quiser mais informações sobre o Colégio Projeção, acesse o site: http://www.projecao.net/

E o Mistério do baú continua... Envie seus comentários e responda: O que tem dentro do baú?
Você concorre a brindes!

E vamos ver as fotos:

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Tecendo Poesia- Lançamento FTD

No encanto da vida, venho-lhes apresentar o novo livro de Silvia Orthof:  Ponto de tecer poesia.Os fios de cada linha vão conduzir a personagem mitológica, Penélope, e a escritora-poeta em suas incursões metafóricas desvenda as proximidades de sua obra e as histórias antigas.
Assim, podemos construir belos bordados com as poesias de Silvia que expressa o viver, o brincar com as palavras, fazê-las reviver... leia um trecho do poema e verá: beleza, natureza, tudo pode imaginar, vamos lá!

Sobre as cortinas bordadas
de roseiras todos em flor,
espinhos ponteagudos
a defendem do amor?

Acesse o link da escritora: http://www.ftd.com.br/v4/Biografia.cfm?aut_cod=804&tipo=A , conheça seus outros títulos.

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